Mulher de verdade

Caríssimos, há pouco venho pensando em como definir a mulher ideal. Sim, mulher de verdade, porém sem o machismo de Ataulfo Alves. Grande compositor.

Acontece que vivo numa sociedade e como tal, estereótipos existem. Conheci vários deles e hoje chego numa conclusão que tenho certeza que todo homem compartilha essa mesma lógica.

Voltando àquele assunto sobre a herança genética, é válido relembrar que o sexo masculino enxerga o sexo oposto diferentemente da visão do sexo feminino sobre nós. Para um “macho” é perfeitamente aceitável sexo ser diferente de amor. Em outras palavras, conseguimos ter uma relação com uma mulher e amar outra sem nenhum conflito psicológico. Sexo é sexo e amor é amor.

Sabe-se que com a mulher a coisa é um pouco diferente. Há (quase) sempre emoção envolvida. Calma, antes que me falem mal estou generalizando para não ser injusto. Cada um é único, graças a Deus!

Modelos só são bonitas de rosto. Sim, por mais que toda mulher queira ser magra, aquelas pernas finas que mais lembram um tuiuiú caminhando sobre a relva pantaneira não nos enchem os olhos. É verdade, não gostamos daquilo. Confesso até que me sinto incômodo com aquela figura beirando a morbidez.

Mulheres que malham muito podem até ser gostosas. Claro, visualmente podem ser um deslumbre, desde que não seja a irmã gêmea do Arnold Schwarzneggar. Mas a beleza pára por aí. É isso mesmo. Não queremos sair com uma companheira que fica contando calorias na hora de pedir um tira-gosto num botequim ou que não queira ir conosco num churrasco porque é vegetariana. Além do mais, não bebem cerveja e vão ficar nos enchendo o saco porque temos um pouquinho de barriga! E daí? Não sou fisiculturista mesmo. Além do mais, aos domingos de manhã quero mais é curtir preguiça na cama e assistir fórmula 1... fala sério, andar de bicicleta! Onde já se viu?

As mulheres-cabeça são interessantíssimas. Por falta de assunto é que você não vai ficar. Quer falar sobre Hegel? Ela sabe. Nietzsche? “Há homens que já nascem póstumos.”. Marx, Freud, Platão, Machado de Assis, até Mandelbrot (esse cara é genial). Cite mais algum nome e a Barsa de saia vai ter a resposta na ponta da língua. O problema é na hora em que não se fala. É uma tal de insegurança que faria o mais sereno dos monges perder a paciência mais rápido que o Pato Donald. Só no escuro, nada de luzes acesas e coberta com o lençol. É mole? Acaba ficando...

Então leitores e leitoras, viva a mulher um pouquinho acima do peso, viva a mulher que esbanja simpatia com seu sorriso, viva a mulher que o acompanha na cervejinha, viva a celulite! Essa é a mulher de verdade: aquela que além de amante ainda por cima é “o seu melhor amigo”.

Mulher de verdade pode até não gostar de Star Wars, mas no seu aniversário te dá uma camiseta com o rosto do Darth Vader. Pode até odiar o seu Playstation, mas acha o máximo você reunir os seus amigos em casa pra tomarem uma cervejinha enquanto jogam. Ela não fica com ciúmes quando você olha pro lado, simplesmente diz pra você olhar mesmo e ter um parâmetro de comparação pra nunca esquecer quem ela é.

Pois é, já ouviram falar que fulana é pra casar... beltrana não serve pra casar? É por aí. Grosso modo, a mulher ideal fica a meio caminho entre a Mulher-Melancia e a Míriam Leitão. Ah, e que acima de tudo seja companheira, no sentido literal da palavra.

Abraços e tenham uma boa semana.