sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

judia de mim, judia...




prefiro não comentar tsc, tsc, tsc

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

mudando de fase


Freud já elaborou tempos atrás as fases da infância. Então peço aqui a devida licença para descrever as fases do amor.
Quando estamos no jardim de infância tudo o que esperamos do 'objeto amado' é que a professora tenha a feliz idéia de colocar vc para dançar quadrilha na festa junina do colégio com ele.

Festa junina vai, festa junina vem...passamos a ficar ansiosas pra saber se depois de perder média em matemática seremos liberadas para ir no hi-fi e poder dançar agarradinho.
Chegada a adolescência tudo que esperamos é que ELE seja safo o bastante pra te roubar um beijo que vc espera a pelo menos 5 meses.
Mais crescidinha vc percebe que o principe encantado ocupa o mesmo lugar do papai noel e do coelhinho da páscoa na psique humana. Eles não existem mas as pessoas ainda insistem nessa idéia. Penso que aqui entra Jung com seus arquétipos que idealizamos porém não alcançamos.

Como se fosse num pseudo jogo da vida vc vai acumulando ou perdendo riquezas ao longo das rodadas.
Sim, pq existem aqueles momentos em que ouvimos um chamado interno que diz: fique 2 rodadas sem jogar, momentos estes em que já não queremos esperar nada e só o que desejamos é conseguir sair pra balada sem voltar depre pra casa.
Mas bom mesmo é beirar os trinta com o sentimento no peito que vc está com seu curinga na mão. Aquela sensação deliciosa de liberdade onde vc já espera muito pouco de vc e dos outros.
E é exatamente aí que o jogo deixa de ser amador e passa de fase. Livre dos estereótipos e do que podemos esperar das cartas marcadas passamos a aproveitar o que cada um pode te oferecer. Não importa se é espada, coração ou doce de leite o importante é estar jogando e gostando!

A M O R de trás pra frente


Certa vez li um livro escrito por uma jornalista cheia de dores que resolve fazer uma viagem para esquecer seu sofrimento. Ela percorre alguns paises e em determinado momento faz um discurso sobre Roma e como a capital italiana a enche de prazer (no seu caso, gastronômico). A conclusao mais interessante para mim sobre sua analise dos romanos e do clima da cidade é: as pessoas e tudo em volta delas respira a sexo.

De fato podemos olhar para esta cidade historica como um lugar onde tudo e todos desejam, esperam e se orgulham da consumaçao carnal. Acrescento ainda que na Italia e mais visivelmente em Roma, é a luxuria que predomina. Roma “chupou” - para usar termos apropriados - todo o exagero da Europa. Deixando o resto tao blasé e indiferente.

A vontade pelo prazer exageraaaaaado torna Roma deslumbrante. Uma cidade que nao poupa o culto a beleza para dizer o mundo: “sim somos bons na cama”. Adoro pensar a Italia como um retrato arquitetônico do hedonismo. E so olhar para a città aperta, os museus colossais, as ruinas do que foi ja glorioso, os monumentos de homenagem ao belo e até os cidadãos com suas roupas insinuantes e oculos escuros provocadores sao parte deste visual baccaniano.

E o mais irônico, no meio dessa suruba toda esta o berço da toda poderosa Igreja Catolica. Nao é divertido? Mas a Italia tem seus pecados. A gritaria excessiva pode causar dores de cabeça e tudo de repente parece over, demais, demais. Roma, assim como Veneza, Firenze, Napoli, Parma, Sicilia, etc, é para os amantes de qualquer tipo de prazer desmedido.

Acabei descobrindo o meu. Nao, nao foi um italian lover. Algo mais sagrado e lindo. A Italia inventou a arte. No sentido puro da estética. Quando relembro os quadros, as esculturas, as formas, as pinceladas, me pergunto que agua estes artistas beberam? Porque algo deve explicar este poder de comover os olhos e o coraçao. A beleza italiana da nó na garganta. Muito amor né gente!



*Foto 1: Detalhe da Fontana di Trevi
Foto 2: Vista de Veneza

domingo, 1 de fevereiro de 2009

dia 02 de fevereiro



Dia dois de fevereiro
Dia de festa no mar
Eu quero ser o primeiro
A saudar Yemanjá

Escrevi um bilhete pra ela
Pedindo para ela me ajudar
Ela então me respondeu
Que eu tivesse paciência de esperar
O presente que mandei pra ela
De cravos e rosas chegou
chegou, chegou, chegou
Afinal que o dia dela chegou
chegou, chegou, chegou
Afinal que o dia dela chegou

se joga, sem rede!

Em todo amor há pelo menos dois seres, cada qual a grande incógnita na equação do outro. É isso que faz o amor parecer um capricho do destino-aquele futuro estranho e misterioso, impossível de ser descrito antecipadamente, que deve ser realizado ou protelado, acelerado ou interrompido. Amar significa abrir-se ao destino, a mais sublime de todas as condições humanas, em que o medo se funde ao regozijo num amálgama irreversível.

Abrir-se ao destino significa, em última instância, admitir a liberdade no ser: aquela liberdade que se incorpora no OUTRO, o companheiro no amor.

Amor líquido
Zygmunt Bauman