quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

mudando de fase


Freud já elaborou tempos atrás as fases da infância. Então peço aqui a devida licença para descrever as fases do amor.
Quando estamos no jardim de infância tudo o que esperamos do 'objeto amado' é que a professora tenha a feliz idéia de colocar vc para dançar quadrilha na festa junina do colégio com ele.

Festa junina vai, festa junina vem...passamos a ficar ansiosas pra saber se depois de perder média em matemática seremos liberadas para ir no hi-fi e poder dançar agarradinho.
Chegada a adolescência tudo que esperamos é que ELE seja safo o bastante pra te roubar um beijo que vc espera a pelo menos 5 meses.
Mais crescidinha vc percebe que o principe encantado ocupa o mesmo lugar do papai noel e do coelhinho da páscoa na psique humana. Eles não existem mas as pessoas ainda insistem nessa idéia. Penso que aqui entra Jung com seus arquétipos que idealizamos porém não alcançamos.

Como se fosse num pseudo jogo da vida vc vai acumulando ou perdendo riquezas ao longo das rodadas.
Sim, pq existem aqueles momentos em que ouvimos um chamado interno que diz: fique 2 rodadas sem jogar, momentos estes em que já não queremos esperar nada e só o que desejamos é conseguir sair pra balada sem voltar depre pra casa.
Mas bom mesmo é beirar os trinta com o sentimento no peito que vc está com seu curinga na mão. Aquela sensação deliciosa de liberdade onde vc já espera muito pouco de vc e dos outros.
E é exatamente aí que o jogo deixa de ser amador e passa de fase. Livre dos estereótipos e do que podemos esperar das cartas marcadas passamos a aproveitar o que cada um pode te oferecer. Não importa se é espada, coração ou doce de leite o importante é estar jogando e gostando!

3 comentários:

m. disse...

E nessa hora gritamos bem alto: truuuuuuuuco!

com direito a subir na mesa.

Mariana Anselmo disse...

Truuuuuuuuuuuuuuuuuuuuco, malandro!!
e ai a gente vai jogando, potuando e quando passa a vez só imagina!

Anônimo disse...

Psicologia, já?

Quero esse coringa já! Não posso mais voltar deprê pra casa..