sábado, 7 de junho de 2008

Oi

Oi. É um prazer poder deixar algumas idéias neste blog. Desculpem a timidez, mas de certo ela é passageira. Então pra agilizar este processo, vou me apresentar:
Meu nome como podem notar é Gustavo, simplesmente assim está bom. Fui convidado para imprimir algumas idéias e noções neste nobre blog. Naturalmente sou um tanto quanto leigo na área de moda, celebridades e afins, mas isso com certeza trará uma ponta de humor nos meus posts. No meio de um profundo mar de assuntos predominantemente femininos, assumirei a responsabilidade de expor a minha visão sobre alguns fatos que conheço pouco... tá, quase nada. Acho que vai ser engraçado, e por favor, se eu disser alguma bobagem, não levem à sério. ;-)
Conheço alguns colaboradores deste blog e tenho um certo apreço por cada um. São pessoas de bem com a vida e que servem de inspiração para muita conversa de botequim. Continuem assim.
Aos poucos vou escrevendo mais, porque agora preciso trabalhar.
Muito obrigado, espero corresponder à altura.

Sex And The City - O filme

O meu episódio favorito de Sex, está na season première da 2a temporada, "Take Me Out To the Ball Game". Quando Carrie, após o término com Big, tenta seguir adiante. E diz uma de minhas falas favoritas : "Quando se termina um relacionamento, alguns lugares, cheiros e até mesmo algumas horas do dia passam a ser proibidas".

Carrie nunca esteve tão linda, tão frágil e tão profunda neste episódio.



Acabo de voltar do cinema onde assisti um filme que espero a pelo menos 4 anos. Talvez este seja o problema. Ninguém permanece do mesmo jeito após este tempo.

Eu me diverti, emocionei em algumas cenas, fiquei enternecida, dei pequenos gritinhos histéricos, quase bati palmas, mas algo se perdeu. Sex não é a mesma coisa, o cinema, a duração do filme, tudo isso transformou Sex numa sucessão de clichês. Numa loja gigante onde grifes desfilam. Antes, a cada Manolo Blahnik que aparecesse, Prada, Dolce & Gabbana, tinha uma situação, um momento de compartilhamento com o público: Não posso ter este sapato ou vestido, apenas o desejo, mas entendo o que Carrie fala. O mote eram as relações. E não a vil matéria.

Todo o anti-feminismo, o narcisismo e o super consumismo em que a série foi acusada ao longo dos anos estão lá. E no fim, isto que fica do filme. Os personagens masculinos são coadjuvantes de luxo. Nem mesmo Big, cujo ator, Chris Noth, que tem a sua participação nos créditos da mesma forma que aparecia na série "And Chris Noth", nos fazendo ficar tontas a espera de mais um episódio entre Carrie e Big, conseguiu aparecer.

Claro que vou comprar o dvd e, provavelmente, vou rever o filme no cinema. Mas algumas coisas ficam melhores em 30 minutos a cada semana, ou no meu pack com 6 temporadas. Sex nasceu para ser série, pq nem como livro funcionou tão bem...

Danielle M

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Devaneios

Deveria existir alguma espécie de diploma em « Expressao dos sentimentos » exigido para quem se propusesse a megulhar de cabeça no Amor. Uma capacidade que talvez funcionaria como proteçao ao proprio cidadao.

Por que? Porque as pessoas sofrem quando percebem que o coracao partido muito vezes é a consequencia (ou uma das principais) de um deslize da comunicaçao entre duas pessoas. Ja ja me explico.


Quando nem tudo foi dito ou suficientemente explicado vem o tombo. A ilusao nos leva um pedestal e a realidade do outro (da vida?) a outro patamar completamente diferente. E ai o que fazer... Nao tem o que fazer, se o principio de se apaixonar é exatamente de se deixar levar e apostar nesse amor, a desconfiança nao entra nesse processo. E nem deveria.

E é justamente nessa doce ilusao que embriaga - como os grandes poetas ja descreviam o amor - é que esta todo o sentido de se apaixonar; pois do contario nao tem graça nenhuma. Se entregar, delirar, sonhar, planejar, tudo isso é lindo e subentende-se deveria ser compartilhado com o outro, mas ai vem o dilema: expressar completamente seus sentimentos e devaneios no intuito que tudo seja bem compreendido pode causar medo nos dois lados, nunca sabemos se a loucura do amor é bem vista ou oportunamente querida pelo outro. Entao seria melhor ir devagar, os sentimentos parcialmente escondidinhos, para nao assutar ou se assustar e assim correr o risco de viver numa dimensao paralela ao amor.

Ao nao comunicar (direito) seus sentimentos, as mulheres normalmente esperam uma sensibilidade dos homens nunca alcançada, pois esses por sua vez acreditam que tudo esta bem claro e portanto nada precisa ser adivinhado. E ai instala-se a confusao e a bagunça no coraçao. Mulheres se perguntando o por que por que por que eles nao fizeram nada (ou tudo), e os homens respondendo porque porque porque elas agiram assim. Dois lados que vao em direçoes opostas nas respostas. Ja reparam que depois de uma desilusao vemos que o problema sempre estava onde nao procuramos (e como procuramos!). Uma droga isso.

De todo jeito, como nao existe diploma nenhum nessa aérea, concluimos o que vovó e vovô ja sabiam, talvez so a perseverança pode ajudar os apaixonados. So quem acredita meeeesmo no grande amor aguenta erro atras de erro.
(Desenhos de Lisa G. http://lisagpeintre.blogspot.com/)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Badalo - Nú sem a mão no bolso

Como tá todo mundo falando, nós do ondas não poderíamos ficar de fora. Um tanto quanto quente a nova capanha da coleção primavera/verão 2008 de Tom Ford. Mas o cara é bom. Com polêmica então...
As fotos foram tiradas pelo badalado Terry Richardson e o rapaz do badalo (não menos badalado), que aparece como veio ao mundo, é o brazuca Alex Schultz.
Aqui foi sem censura, mas e quando for divulgado? Serácha?








Para divulgar: Você também pode ter o seu "Blue Satin" por 5 reais

Queremos o azul marinho, dona Risqué!( Á esquerda, o azul hortênsia e o Blackout, já unidos :P )


Eu vi aqui e adorei! Adoro testar novas cores de esmalte, principalmente as fortes, inverno pede. Fiz o teste e confirmo a dica do blog O Diabo Veste Zara.

O Blue Satin é o esmalte-tem-que-ter da Channel, mas custa por volta de 90 reais em algumas farmácias de fino trato.

Se você, assim como eu, não quer (e nem pode) gastar essa exorbitância. Faça a seguinte comprinha:

-Blackout (Risqué)
-Azul Hortênsia (Também da Risqué)

Voilá! Você terá seu azul marinho, a cor do Satin.

Quem sabe as marcas nacionais tenham sensibilidade e timing e façam a misturinha num frasco próprio? Porque ninguém é dono de cor :))

Danielle M

terça-feira, 3 de junho de 2008

O estilo e a cidade




Impossível não aceitar o fato de que a moda é um reflexo do que vivemos. Prefiro me 'enveredar' neste post por uma ótica simplista. Apenas uma de milhares. É fato que a cidade ou o lugar em que vivemos nos contagia para o bem ou para o mal. Na moda como na vida tudo depende....

Eu como mineira, que se mudou para o Rio, me vi contagiada pelo desapego a 'montação' do povo carioca. Por outro lado concordo que os cariocas exageram e acabam pecando na total falta de bom senso em se vestir de acordo com a ocasião. Não é pq vc vive boa parte dos seus dias sob um calor enlouquecedor que precisa sair de casa com a blusinha mais 'sambada' sempre. Batinhas fofas e vestidos frescos estão aí pra isso. Na outra ponta estão os cariocas que quando querem são os mestres na arte de se vestir com aquele ar de 'sou rico e cool' portanto não preciso de ostentação. O mestre desta escola se chama Oskar Metsavaht, para quem não sabe o dono e estilista da Osklen.

Sem querer causar vou falar da 'deselegância discreta' das moçinhas paulistas. 'Começemos' pela parte ruim. O que significa todo mundo vestido com aqueles terninhos de 5 categoria jurando que profissionais sérios devem se vestir assim. Minha gente se vc não tem dinheiro pra ter um terninho digno converse com o seu chefe e explique a ele que assim vc só contribui pra avacalhar ainda mais a paisagem de São Paulo. Agora os elogios. Paulistas sabem como ninguém falar através de sua roupa que são ricos (com bom gosto), chics e cosmopolitas. Sem falar que o senso estético de um paulista (estoy falando aqui dos hombres) dá de 10 nas regatas mamãe sou forte dos cariocas. Argh!

E vc vai pontuar pra quem???


segunda-feira, 2 de junho de 2008

naftalina X novo = tempo




No meio de tudo sempre o tempo. Inevitável não pensar nele quando fazemos um balanço. Um mini balanço qualquer que seja impulsionada por um 'baque' ao ler no jornal uma nota do falecimento de um grande artista como Yves Saint Laurent.

O tempo cura feridas, mostra a verdade, ressalta a impunidade e no caso da moda até nos ridiculariza ou apenas conclui e certifica a capacidade que algumas pessoas tem de pairar soberanas entre o chic e o mais chic ainda. No caso de Saint Laurent não considero necessário dizer de qual grupo sempre fez parte. Pq vamos combinar, fica impossível afimar que somos todos pessoas dotadas de bom senso quando olhamos uma foto em pleno auge da moda dos cabelos 'chitãozinho e xororó'.

Por outro lado acredito tb que se não soubermos separar o valor afetivo do senso estético fica dificil curtir as delícias da nostalgia (inclui- se aqui as cafonices). Sim, pq se olharmos tudo sob o viés da frieza seguimos em frente num anseio sem sentido pelo novo. O contrário tb se passa. É preciso saber dosar para não nos deixarmos ser engolidos pelo mundo. Para não nos tornarmos inadequados, fora de moda e por consequência auto exilados numa atmosfera cheirando a naftalina, onde não 'tocamos' nem alcançamos ninguém que não faça parte de nossa geração.

Contanza Pascolato não é chic só por fora, Contanza é chic e conectada com o tempo. Numa entrevista em que perguntaram o que ela andava escutando me deu uma grande lição de vida ao afirmar que andava encantada pelo White Stripes. Sim, Contanza curtia eles na época e talvez até já tenha se desapegado. Talvez tenha feito um balanço e constatado que eles não eram tão bons como ela pensava a 2 anos atrás, mas com certeza ela saberá guardar um lugarzinho em sua memória afetiva caso tenha uma boa história pra relembrar ao som dos Stripes.

Santo Yves morreu


Ontem a noite morreu aos 71 anos em Paris um dos costureiros mais importantes do século XXI. Yves Saint Laurent quis dar o poder às mulheres misturando o ultra-feminino ao masculino. Uma das suas mais célebres criaçoes foi o smoking para as mulheres. Ele começou cedo, aos 21 anos quando assumiu a Maison Dior e desde entao criou um estilo baseado na necessidade de adaptar as roupas das mulheres à sua época: o tailleur-pantalon e a saharienne fazem parte de suas peças fetiches.

Até o presidente Sarkozy e sua esposa Carla Sarkozy vao render homenagens ao falecido Yves. Carla inclusive ja desfilou para ele antes de virar primeira dama. O mundo da moda e os franceses estao tristonhos, abaixo alguns depoimentos:



Giorgio Armani: «Visitei Yves Saint Laurent em sua casa ha vinte anos. Cheguei de camiseta e bermuda, e ele, todo elegante. Depois de meia hora ja falavamos como velhos amigos»

Alexander McQueen: «Ele é a rasao pela qual estou na moda...»

Domenico Dolce et Stefano Gabbana: "Sempre atual, foi o primeiro a deixar a mulher sexy em um modelo masculino».

Vivienne Westwood: "Um dos raros a alcançar a perfeiçao em tudo que tocava».

Jean Paul Gaultier: « Yves Saint Laurent criou um novo vocabulario para o guarda-roupa da mulher moderna. Ele conseguiu sintetizar a revolucao social feminina do fim dos anos 60».