segunda-feira, 25 de julho de 2011

Cuba Libre

Fui para Cuba onde passei uma semana como se tivesse viajado no tempo. Porque o país "parou" em 1959, após o triunfo da Revolução. Fiquei em Vedado, no centro de Havana, perto de tudo e, vamos combinar, Havana nem é tão grande assim, apesar de ser bem populosa.

São tantas coisas que vi, que senti, que já sei que vou voltar. Preciso de mais tempo para assimilar tudo, para rever coisas e conversar ainda mais com os cubanos, que são cariocas e baianos ao mesmo tempo.

Tirei mais de 800 fotos, revelei quase tudo, hábito que não tenho nessa era digital, mas revelar me faz lembrar de cada pedacinho da viagem e eu realmente não quero esquecer de nada, fora os vídeos que também fiz.
Além de Havana, fui a Santa Clara ver o mausoléu onde descansam os ossos do Che, encontrados na Bolívia em 1997 e translados para Cuba no mesmo ano, indescritível quando se entra no pequeno museu e no mausoléu logo depois, saí chorando, com um peso no coração terrível.A música "Hasta Siempre Comandante" toca ininterruptamente, além de uma grande e trêmula bandeira cubana por todo complexo, aliás, bandeiras e cantadas são a marca oficial de Cuba, hahaha.

Depois fui a Yaguajay, passando por Remedios e uma série de pequenas cidades rurais, incluindo a famosa Playa de Girón, conhecido por nós como Baia dos Porcos, onde mercenários americanos tentaram acabar com a revolução em 1961,o que conseguiram foi a declaração de Cuba como país alinhado ao socialismo, o bloqueio econômico também começou neste ano.

Aos poucos vou colocar algumas fotos, de momentos bem marcantes, porque eu fui ver a Revolução e vi tudo que queria dela, cheguei perto do mar do Caribe, mas a Playa de Girón só me trouxe lembranças históricas, enfim, o que eu queria mesmo.

Voltei com livros e mais livros de Camilo Cienfuegos, poucos do Che porque é fácil encontrar material sobre ele em qualquer lugar do mundo, mas Camilo...
Bom, quando visitei Yaguajay e o seu museu, as moças de lá ficaram surpresas e felizes com o meu conhecimento sobre praticamente tudo do belo comandante morto em 59 (postei sobre ele já ). Conheci inclusive a sua secretaria pessoal em Havana, dica de um livreiro impressionado com meus conhecimentos sobre Camilo, Dona Olga  me deixou entrar em sua casa e mostrou lindas fotos, muitas inéditas sobre Camilo e Che de seu acervo pessoal. Foi um encontro tão forte que ao sair de lá desatei a chorar tanto que o taxista nem acreditou, queria me levar para o hospital.

Taxistas são uma história a parte em Cuba, andei em todos os meios de transporte possíveis, menos os ônibus porque estavam sempre cheios e eu não iria atrapalhar os cubanos que estavam indo para casa. Tive a sensação que qualquer coisa que se move pode ser taxi em Cuba.

Tenho muito a falar, vamos ver se sai aos poucos...Voltei com el ron, tabacos (cigarro mais forte ever, todos que fumaram disseram isso), os puros habanos, claro e muitos imãs de geladeira do Che.

Danielle M