terça-feira, 11 de novembro de 2008

Meu querido Canalha

Qual a diferença entre Casanova e Don Juan de Marco?

Casanova amou cada mulher que teve, mesmo que por um momento e Don Juan amava a si mesmo, e degustava, por entretenimento, o seu ego projetado naquelas mulheres.

Para nós, Mulheres, que morremos de rir e chorar com Sex and the City, um livro para mudar um pouco o nosso conceito sobre o universo Masculino.
Carpinejar e os Canalhas, de Fabrício Carpinejar.

O livro mostra que o que determina o homem e a mulher são suas formas de conversar e organizar o mundo. O homem contemporâneo mudou. De tanto engolir silêncios, o homem já sabe diferenciá-los. Acho que eles até deveriam fazer uma passeata do orgulho macho. Enquanto a mulher tomava espaços e se deslocava, o homem tinha parado. E é difícil ficar parado em areia movediça. Eis a ascensão desse gênero, tão amado por nós, mulheres.

O autor do livro separa os canalhas dos cafajestes e a leitura é deliciosa. Ele faz uma metáfora bem divertida ao longo de suas crônicas: é melhor gemer rindo, do que gemer chorando. Vamos ao autor:
“Todo homem guarda em si um cafajeste. Para ser canalha, depende de muita experiência e observação. Exige estudo e algumas dores de cotovelo. Quem não sofreu uma fossa nunca construiu uma ponte. O canalha não se vangloria, não é um Don Juan que conta quantas mulheres ganhou. Ele perdeu as mulheres e soube reconquistá-las. O Don Juan nunca perde, o Canalha tira da reconciliação a sua maior conquista. Desde o primeiro momento, o canalha avisa que não vale nada. Sua franqueza seduz. Não existe horário eleitoral para o canalha. Não há falsas promessas. O cafajeste mente para um dia ser desmascarado. O canalha tem uma coragem de amar, um aqui e agora, que nenhuma mulher resiste.”

Esses homens, no momento em que se dedicam a arte de seduzir, sejam quais forem os fins, serão irresistíveis. Eles são capazes de ouvir uma mulher com a devida atenção, sem qualquer preconceito ou censura. Mesmo assaltado de sonhos, ele saberá dissimular, esperando a hora certa para o ataque. Um canalha de boa estirpe jamais será vencido pela sua presa.
São impalpáveis, intangíveis, impossíveis, e talvez por isso toda mulher tenha uma queda pelo canalha. Só nos resta ter cuidado!
E que os homens saibam ser bons canalhas.

ps: texto mais que bem-vindo de senhorita Flávia Vilela! =)

5 comentários:

senhorita sartori disse...

por uma profissionalização dos Canalhas djá!

senhorita sartori disse...

Mr Carpinejar,
eu não te conheço nem tampouco li seu livro mas desde já posso te dizer q tenho uma queda por ti.

Unknown disse...

oi, querida, obrigada!!! eu não me esqueci da saia tulipa. mas ainda preciso caçar imagens. me aguarde, sim? beijos, sissi

Unknown disse...

Era só o que nos faltava, diferenciação entre canalhas e cafajestes. Que coisa mais Nelson Rodrigues.

m. disse...

"um aqui e agora, que nenhuma mulher resiste". Ha quanto de verdade nesta frase certa?